terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Filme: Atonement (Expiação)

Classificação: 15.1

Dos melhores filmes que pude ver nos últimos tempos. Um drama intenso, provocante e apaixonante que nos absorve a alma até ao último segundo. A história é contada com tamanho esplendor e paixão que o espectador vive mesmo cada cena e apercebe-se de cada detalhe, tal como se o ecrã fosse o seu Mundo. É uma história de Amor realista e muito bem construída. Ao mesmo tempo é uma história sobre a segunda Grande Guerra, que nos deixa com a real visão da vida e da prática dos soldados ingleses. Normalmente, não sou grande apoiante de filmes cuja história gira em torno da guerra, no entanto aplaudi o final deste filme com grande convicção.
Uma fotografia dentro do normal com algumas passagens muito interessantes e espectaculares. Mas o mais fantástico deste filme é mesmo a arte harmoniosa entre imagem e música fantástica e inovadora. Cenários muito bem "plantados", recheados e pintados com selo de qualidade; o que é sempre um acréscimo a qualquer bom filme. O argumento é interessante e não encontrei nenhuma má representação, salvo raras excepções. James McAvoy esteve brilhante neste filme e espero vê-lo mais tempo no ecrã. Quanto ao realizador, tenho a dizer que não me surpreendi, visto Joe Wright ter sido uma das razões pela qual eu queria ver este filme, pois já tinha adorado "Amor e Preconceito" por ele realizado.
Resumidamente, penso que a pontuação se justifica devido ao facto do filme não ser muito elucidativo e que a moral podia ser mais bem abordada. O que quero dizer é que o filme não tem muita essência, gira em torno de uma história interessante, sem dúvida, e que foi explorada de uma forma espectacular é claro; só que no fim não se torna muito revelador. Aconselho vivamente a ir ver o filme e a julgarem por vós mesmos, e aviso: Esperem por um final que nunca pensariam estar à espera.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

"The Hobbit"


A mais fantástica história estará no grande ecrã em 2010!



Apesar de ainda faltar muito (muito, muito, muito, muito...) para a chegada deste filme, sabe-se que a New Line Cinema (produtora d' "O Senhor dos Anéis") e a MGM vão produzir e distribuir esta obra de magnitudes astronómicas. Peter Jackson e Fran Walsh (ambos artistas coroados de prémios) irão trabalhar em conjunto para garantir o sucesso desta história, originalmente criada por Tolkien, tal como têm feito nos últimos anos. Elijah Woods (Elijah "Frodo" Woods) diz estar pronto a responder e que gostaria imenso de voltar a entrar no Mundo da Terra-Média.

Sabe-se também que o filme terá duas partes, uma lançada em 2010, e a sua sequela em 2011.

Sam Raimi (Spider-Man) e Guillermo del Toro (já mencionado) são nomes que flutuam sobre a cadeira de realizador. Mas iremos ver como Jackson nos irá surpreender...

Penso que, tal como a trilogia de "O Senhor dos Anéis", os dois filmes irão ser filmados e produzidos em conjunto, como sendo uma mega-produção de meia dúzia de horas de filmagens. Estou ansioso pela chegada do filme, e espero que venha a alterar a minha tabela de Tops.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Filme:An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente)

Classificação:12.0

Uma verdade inconveniente seria dizer que todo o filme não passa de um inteligente golpe político. Não é realmente um filme, mas sim um documentário ao nível da National Geographic.
Um filme de sensibilização com uma mensagem que já se encontra bem presente na mentalidade de todo o mundo, apesar de ainda ser uma teoria especulativa, pelo que dizem alguns cientistas da área. Um óscar de melhor documentário do ano de 2006, atribuído pela academia norte-americana. Penso que bem merecido, apesar de existirem, na realidade, duas histórias ao longo do filme: a questão ambientalista e a questão politico-pessoal. Se estamos a falar das alterações climáticas, porque haveríamos de fazer alusão às opções do presidente dos Estados-Unidos em relação à guerra no Iraque? Para não falar da hipocrisia do próprio Al Gore quando aborda certos argumentos, e do seu egocentrismo ao “preencher os espaços de película” com episódios da sua vida pessoal.
Trata-se de um documentário que argumenta muito bem o seu ponto de vista, e que não deixa de ter o seu brilhantismo e razão. No entanto, e muito sinceramente, o filme acabou para mim quando na passagem do genérico final começaram a aparecer frases sugestivas das atitudes que deveríamos ter para que o mundo combatesse de modo eficiente o aquecimento global. Algumas das frases eram profundas e acertadas, mas eu apaguei a televisão mal li (e passo a citar, recorrendo ao que me lembro): “Vote nos homens que sabem como reger este país para podermos salvar o mundo.”

sábado, 12 de janeiro de 2008

Filme: Call Girl

Classificação: 10.4

Estranhamente positivo. Na realidade, estava à espera de ver um filme que rondasse os 7 – 8 valores, mas acabei por ver um filme com uma história interessante, não fosse a menos boa abordagem e o tempo gasto em cenas completamente desnecessárias. Mais uma vez, fui ver um filme português cujo tema era a corrupção e a vantagem da ilegalidade no país que é Portugal. Contudo, esta história pareceu-me muito mais interessante do que do filme “Corrupção”.
Interpretações positivas no geral (de salientar a performance de Joaquim de Almeida), apesar do argumento ser muito exagerado, recorrendo excessivamente ao calão de modo a tornar o filme o mais “americano” possível. O que tornava o filme, em certos momentos, muito ridículo e cómico de uma forma antagónica. Uma fotografia razoável, tendo em conta o facto de se tratar de um filme português. De um modo geral, penso que António-Pedro Vasconcelos é um homem com potencial no mundo do cinema.
Definitivamente um filme para adultos. Apesar de a história e o enredo em si serem tão simples, e abordados de todas as formas possíveis ao longo das duas horas de fita, que até uma criança de sete anos saberia relatar o conteúdo do filme. Não se trata, por isso, de um filme inteligente. Contudo, é, como referi anteriormente, uma história interessante. É pena é ser tão mal abordada, e até me atrevo a dizer, “desperdiçada”.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Filme: Aliens Vs Predator - Requiem (Aliens Vs Predador 2)

Classificação: 6.7

Não é de todo um bom filme. Trata-se de uma sequela de um mau filme, o que não é o melhor ponto de partida, e muitos filmes que integram grandes monstros do mundo sci-fi são normalmente grandes fiascos. Parece já ser obrigação em hollywood do século XXI qualquer filme americano tentar superar a concorrência com efeitos especiais gerados por computadores de vanguarda.
Trata-se do típico filme de terror e violência ao género moderno. O género que decide “mostrar o monstro” logo no início do filme para cortar qualquer suspense que possa aparecer futuramente. Fotografia horrorosa, onde tudo acontece muito depressa no ecrã de modo às acções passarem em 4-5 segundos, de modo a que qualquer fã não possa tirar prazer de ver o modo como as pessoas são mortas e dissecadas. Uma história ridícula, onde parece que os actores foram escolhidos pelas capacidades de fazer de mortos e não pelas aptidões dramáticas. Apesar de tudo, existem ao longo dos 80-90 minutos de filme, alguns que até se podiam aproveitar para fazer um filme, mas parece que precisaram delas para fazer o trailer.
Resumidamente, é um filme de terror típico, sem qualquer sentido ou moral. Serve apenas para os fãs das sagas clássicas “Alien” e “Predator”, poderem resolver duma vez por todas o seu dilema: “Qual será mais forte? O Alien? Ou o Predador?”... Interessante questão deveras.