segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Filme: Twilight (Crepúsculo)

Classificação: 8.6

Crepuscular já é dizer muito, pois o brilhantismo deste filme raiou a inexistência. A verdade é que nunca li o livro (com o mesmo título do filme) de Stephenie Meyer, mas pelo que é retractado no filme trata-se de um mundo paralelo onde coexistem vampiros e seres humanos. Cenário vulgar para um filme de ficção, mas abordado de um modo infantil e sem distinção. A história é simples, o argumento absurdo e as actuações muito aquém das expectativas.
A fotografia do filme é banal e sem qualquer suspense. A música mal me apercebi dela, pois passava a maior parte do tempo atónito ao ouvir os diálogos entre as personagens. Talvez o facto de a realizadora ser Catherine Hardwicke seja o principal contribuinte para o medíocre aspecto da película, como já é hábito noutros seus filmes. Kristen Stewart não teve muitas dificuldades, pois a sua interpretação era fácil. Por sua vez, Robert Pattinson, com um maior desafio entre mãos, não foi capaz de dar corpo a Edward Cullen em “Twilight”, talvez porque a personagem é demasiado irreal (mesmo sendo um vampiro) ou talvez por falta de experiência do próprio actor. O maior erro do filme talvez seja o facto de se centrar demasiado na mentalidade e personalidade das personagens, mas sem nunca os revelar totalmente, em vez de usar esses aspectos para criar uma história interessante.
Apenas espero que esta história permaneça num estado de “crepúsculo” e que nenhuma sequela venha algum dia a ver a luz. Ao menos é um filme com bons efeitos especiais e com algumas cenas de acção, o que foi bastante divertido de assistir. No final existe uma moral romântica e evidente, mas o desfecho não é surpresa. Resumidamente, “Twilight” fez-me ver que existem grandes desilusões no mundo do cinema.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Filme: Gladiator (O Gladiador)

Classificação: 16.1

Com este filme fiquei realmente convencido que o ano 2000 foi um dos melhores anos para o cinema desde que eu nasci. “Gladiator” fez-me ver que não é necessário eu adorar um filme para lhe dar boa pontuação, e tenho de ceder a esta incrível obra-prima. Não sou grande fã da história do filme em si, apesar de ser amante da época em que se insere: o auge do Império Romano. Uma história simples e fluida são a chave do filme, pois o espectador tem de estar demasiado atento ao argumento para descodificar a mentalidade das personagens, o que se pode tornar um aspecto negativo no cinema.
“Gladiator” é um bom filme, e a experiência de o ver alterou a minha forma de desfrutar da sétima arte (mas não me arrependo de qualquer classificação até hoje expressa nas minhas críticas). Posso dizer que esta é uma das películas vistas por mim que mais bem retracta a época do Império Romano, para ser perfeito só faltava falar-se latim em vez de inglês. A nível cinematográfico poderia ser melhor. Uma fotografia corajosamente diferente e uma música razoável tornam as exageradas horas de filme mais aturáveis. Um grande ponto a favor é o desempenho de Russell Crowe que lhe valeu um Óscar da academia, e o constante Joaquin Phoenix numa deslumbrante actuação a que já nos tem acostumado. Dos cinco Óscares atribuídos a esta película (de entre os quais não referidos estão: melhor filme, melhor guarda-roupa e melhores efeitos especiais) acho que não mereceu o de melhor som, e que nesse ano deveria ter sido entregue ao filme “Chocolat”. Sobre Ridley Scott, o realizador, não tenho muito a dizer a não ser que não sou fã de “Kingdom of Heaven” e ainda aguardo a oportunidade de ver “American Gangster”.
Resumidamente, “Gladiator” é uma obrigação para qualquer apreciador da sétima arte, não só pela fotografia magnifica mas também pelo desempenho fenomenal de todos os actores que tornam o filme tão bom. O que me levou a dar a pontuação acima indicada foi o facto da história do filme em si não ser muito cativante, e do final ser aquilo que todos estão à espera. Portanto, esta película não tem assim tanta moral e, pelo que já devem ter percebido, essa é a característica que eu mais valorizo num filme.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Filme: The Dark Knight (O Cavaleiro das Trevas)

Classificação: 12.8

Costumo começar sempre com uma declaração pessoal que ecoa por toda a crítica; e para esta avaliação começo por dizer: abaixo das minhas expectativas. Depois de um “não-assim-tão-mau” filme, Christopher Nolan voltou à cadeira de realizador para nos contar a segunda parte do Batman do século XXI, mas desta vez não incorporou o nome do herói no título. Tenho de demonstrar o meu descontentamento pois este filme foi pouco credível, imaturo (ainda mais que o primeiro) e mal apresentado.
Tenho que começar por dizer que a música era equiparável com a do primeiro da saga, apesar de ter um outro problema que se lhe atribui: o facto de na maior parte dos diálogos existir sempre uma música de fundo pungente, o que tornava difícil a compreensão das expressões dos actores. Um possível segundo aspecto negativo seria a tão aguardada exibição de Heath Ledger que (e tentando ser justo face às circunstâncias) se dizia ser brilhante, mas foi na realidade, a meu ver, nada mais nada menos dos que aquilo que se esperaria. Não assisti a nada de magnifico e espectacular no personagem “Joker”, foi de facto uma boa interpretação, talvez a nível de uma nomeação, mas nada de mais se espera vindo de um bom profissional. Para além desses pequenos pormenores, este segundo filme foi também um aguardado Blockbuster, e provavelmente o será, devido maioritariamente à “publicidade gratuita”( pois o desempenho dos actores, a fotografia e a história não serão justificação para tal). “Dark Knight” é uma história que sucede o “Batman Begins” e herdou os mesmos aspectos, falhanços e erros. No entanto, o suspense acrescido a esta película tornaram este filme mais um Thriller capaz de nos fazer saltar em certos momentos.
No final, o enredo não me deixou satisfeito e chego mesmo a comprar este filme a uns bem mais antigos cuja história é semelhante: os clássicos “James Bond”. Penso que o filme poderia ter melhorado bastante se tivesse havido maior empenho em criar uma história mais inteligente e mais adaptada às exigências do público. No entanto, “The Dark Knight” é capaz de satisfazer a ânsia dos milhões de fãs, ainda por cima quando o famoso “Joker” é aveludado pela actuação de Heath Ledger. Um filme que ainda vale a pena assistir, mas se não gostarem de filmes simples, previsíveis e vulgares, então esperem, pois pode ser que daqui a uns anos se produza um bom Batman do século XXI.

Filme: Batman Begins (Batman – O Início)

Classificação: 13.3

Definitivamente, “a cima da média” para o ano de 2005. Uma grande expectativa dos fãs aguardava o novo Batman do século XXI, e em comparação com o fenómeno que é esta personagem, o filme ficou aquém. Nunca fui um grande adepto da “DC Comics”, pois os seus Super-Heróis sempre me pareceram demasiado super, ainda por cima para um personagem de banda-desenhada cujo super-poder é ser o Playboy mais rico da cidade. Tentei superar o meu desprezo pelo Batman e tenho de dar o meu braço a torcer, Christopher Nolan conseguiu montar um filme que vale a pena assistir.
“Batman Begins” é um bom filme de acção e mistério cujo enredo quase nos cola à cadeira. No entanto, a música e o argumento decepcionantes não estavam ao nível do elenco, que por falar nele me pareceu um bocado excessivo no aspecto em que o papel desempenhado por Morgan Freeman e Michael Caine (entre outros) foi usado apenas para encher o cartaz e para chamar o público mais apático. Note-se que o desempenho de Christian Bale (Bruce Wayne) também não foi o mais brilhante, tomara que ele tivesse passado tanto tempo a preparar-se à frente das câmaras como o que passou à frente dos espelhos do ginásio. Então o que poderia salvar um filme que nos parece tão medíocre? Só poderia ser uma boa história penso eu, uma que podia ser ligeiramente melhorada. De facto, este filme apresenta uma história clássica envolta em mistério e numa trama de acontecimentos que nos levam cada vez mais próximos da verdade, até que ela nos atinge, não sabendo nós exactamente se a entendemos. Ainda não mencionei outro aspecto técnico (negativo nesta película) que é a fotografia; apesar dos bons efeitos especiais a imagem não era a melhor e a cor e a simetria não me pareciam naturais, mesmo para um filme norte-americano.
No final, não passa de mais um filme de Super-Heróis digo eu, mas, sobre tudo, um filme. Um filme com um grande argumento positivo que me levou a atribuir a classificação até então injustificável; um argumento tão valioso e de tamanha simplicidade que provavelmente não é compreensível: uma boa moral. Um filme não é mais que uma história com a qual podemos aprender, com a qual nos educamos, e para tal um filme tem de ter obrigatoriamente uma moral, um significado; e “Batman Begins” conseguiu-o.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Filme: Gandhi

Classificação: 15.9

Se Gandhi abalou o mundo, então em 1982 o mundo sofreu a replica de um fenómeno equiparável. Apesar de não ser um grande adepto de filmes biográficos, fui capaz de enfrentar quase três horas de filme sobre o homem que eu mais admiro. Richard Attenborough (o realizador) não poupou a esforços para tornar este filme um fenómeno mundial, como já se tinha mostrado capaz ao realizar o grande filme de 63 “Great Escape” (filme que espero vir a comentar neste mesmo blog assim que tiver oportunidade pois se trata de um dos meus favoritos do género). Filme sem surpresas e ao mesmo tempo emocionante, Gandhi é um dos filmes obrigatórios devido à sua qualidade e veracidade histórica.
O facto da história deste herói da vida real ser tão apaixonante e comovente ajudou bastante a produção do filme, ainda por cima quando é baseada num livro. Mas não posso deixar de referir que é um filme vencedor de 9 Óscares da Academia e nomeado para outros 3, incluindo Ben Kingsley (melhor actor principal no papel de Gandhi) merecedor por completo devido a uma brilhante prestação; melhor realização para Richard Attenborough; melhor filme de 1982; e melhor guarda-roupa (prémio muitas vezes desvalorizado e que na maioria das vezes é aquele onde os produtores mais investem pois tem um peso elevado para o realismo e impacto fotográfico). Um dos aspectos negativos é a falta de qualidade dos actores secundários e a música fraca que podiam ser mais bem trabalhados. Por outro lado, achei a fotografia a brilhante e a história maravilhosamente bem contada, é o tipo de película que começa por contar o final e recorre a uma “analepse” artística magnifica. Como era de esperar, o maior ponto negativo é o tempo que demora todo o filme, mas vale a pena se é para aprender com um dos maiores Homens do século XX.
Não posso deixar de salientar um pormenor interessante para os amantes da sétima arte: ainda perto do inicio do filme aparece um indivíduo que tenta atacar Gandhi devido à sua nacionalidade, e adivinhem quem personifica esta personagem (pelo menos é ele que a mim me parece, pois naquela altura era mais novo), nada mais nada menos que o galardoado Daniel Day-Lewis, cuja qualidade e profissionalismo me chamaram para ver o filme “Ballad of Jack and Rose” muito antes do “There Will be Blood”. Mas estou aqui para concluir a critica a um outro filme, “Gandhi” é um filme que nos faz despertar para o grande problema da humanidade: a sua falta de compaixão e como todos podemos ser odiosos e tornar-nos naquilo que mais tememos e odiamos, no entanto existem pessoas capazes de abrir os olhos aos Homens e fazer dos actos mais simples e puros milagres. Deixo-vos com a frase de marca de Mohandas Gandhi, o vulgar advogado indiano: Surpreender-te-ás quando descobrires que no Mundo há lugar para todos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Filme: The Happening (O Acontecimento)

Classificação: 13.0

Shyamalan, o meu realizador preferido da actualidade, conseguiu novamente aquilo a que os seus últimos filmes nos têm habituado: uma tentativa de alcançar o êxito das suas primeiras obras. “The Happening” parece-nos um filme diferente, e garanto-vos que assim é, mas não é o único. Uma história mesmo ao estilo de Syamalan, sem introdução, desenvolvimento e conclusão; trata-se apenas de uma história que nos é contada e da qual não podemos retirar muito sumo.
Pela primeira vez, não adorei a argumentação montada pelo realizador, e para ser franco, pareceu-me muito com o clássico do inglês Hitchcock – “Birds”. Contudo, a interpretação de Mark Wahlberg foi bastante boa, e demonstra que os thrillers são bons filmes para as “estrelas de segunda” poderem brilhar ao máximo. A fotografia e a música levam-nos novamente aos filmes de Alfred Hitchcock. Aspecto que não é negativo, bem pelo contrário, está na hora de enterrar os filmes de suspense que têm vindo a ser feitos e seguir o exemplo do realizador inglês. A verdade, é que M. Night Shyamalan tem vindo a fazer isso já desde o seu primeiro filme americano a chegar ao cinema português – “Sixth Sense”. O cenário e o enredo são a grande marca do realizador, e eu felicito-o por nos ter mostrado novamente como um filme ganha brilhantismo através da história e da fotografia.
O filme poderia ser melhor. Sinceramente, estou um bocado decepcionado com o realizador, mas ao menos conseguiu fazer mais desta película do que aquilo que demonstrou no filme anterior “Lady in the water”; e é esse o primeiro passo para um retorno em grande. Nesta crítica, tentei não me influenciar pela minha perspectiva de fã do Shyamalan, mas deixo agora a minha nota pessoal: Este é um tipo de filme que faz falta ao novo cinema do século XXI, pois o suspense puro de Hitchcock sempre foi o melhor meio de expressão da sétima arte.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Filme: Sweeney Todd

Classificação: 16.8

Estrondoso e de valor incomensurável. Finalmente encontrei em mim a coragem para me desafiar a criticar este fabuloso filme. Quando o filme decorria não previa nenhum desfecho, e quando acabou eu não queria calcular nenhum fim. Não é uma história que me entusiasme muito diria até que a abomino, mas admito que o filme está colossal e ao nível de grandes filmes da história do cinema; um novo olhar sobre os musicais que eu sempre adorei. Simplesmente não acredito na vingança como o caminho para a felicidade. Como já disse, não deixa de ser um grande filme e uma brilhante adaptação do musical teatral. Um outro aspecto que me chocou (apesar de ser a verdade da época em que a história decorre) foi o simples caso de as mulheres serem caracterizadas como “seres” que tentam os homens com a sua beleza e mais não podem fazer do que isso, a não ser sonhar com o verdadeiro Amor.
Acho que não é necessário falar da música do filme pois é bela e tudo o que eu diga pode apenas adulterar a sua qualidade pela negativa. As actuações foram brilhantes, e peço aqui que reparem no pormenor de Signor Pirelli (Sacha Baron Cohen), que parece ter evoluído muitíssimo e revelou-nos a sua qualidade multi-facetada como actor. Mais uma vez Johnny Depp demonstrou ser um motivo mais do que suficiente para nos levar a ir ao cinema, principalmente quando acompanhado pela encantadora e estranhamente bela Helena B. Carter. Uma fotografia tenebrosa e muito modernista ao estilo do “contra o habitual”. Tim Burton realizou este filme, e já foi dita muita coisa elogiosa sobre ele, até aqui no meu blog. Assim sendo só resta dizer que ele avultou ainda mais o seu manto apelidado de “qualidade” com esta película. O único aspecto negativo, é que agora vai ter de fazer melhor, e enquanto não conseguir vai ser sempre atormentado por esse fantasma. Quanto ao guarda-roupa e aos efeitos especiais (e também a alguns pormenores técnicos de perfeccionismo) acho que se poderia ter sido mais minucioso nos detalhes e talvez prolongar a produção mais alguns meses para alisar algumas arestas.
No final, honestamente, não sabia o que dizer. Fiquei (literalmente!) sem palavras. Tinha noção de que o filme era colossal e adorava-o por causa disso. No entanto, via a história em si como o principal ponto negativo. Contudo, tentei perceber o ponto de vista do protagonista e abordar o filme de uma forma mais artística do que moral. Depois de muito tempo, apercebi-me que este é um dos melhores filmes que já vi. Apercebi-me então, que esta era a experiência mais próxima que teria de um Homem que acabou de ver uma peça de teatro na Grécia Antiga.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Filme: Atonement (Expiação)

Classificação: 15.1

Dos melhores filmes que pude ver nos últimos tempos. Um drama intenso, provocante e apaixonante que nos absorve a alma até ao último segundo. A história é contada com tamanho esplendor e paixão que o espectador vive mesmo cada cena e apercebe-se de cada detalhe, tal como se o ecrã fosse o seu Mundo. É uma história de Amor realista e muito bem construída. Ao mesmo tempo é uma história sobre a segunda Grande Guerra, que nos deixa com a real visão da vida e da prática dos soldados ingleses. Normalmente, não sou grande apoiante de filmes cuja história gira em torno da guerra, no entanto aplaudi o final deste filme com grande convicção.
Uma fotografia dentro do normal com algumas passagens muito interessantes e espectaculares. Mas o mais fantástico deste filme é mesmo a arte harmoniosa entre imagem e música fantástica e inovadora. Cenários muito bem "plantados", recheados e pintados com selo de qualidade; o que é sempre um acréscimo a qualquer bom filme. O argumento é interessante e não encontrei nenhuma má representação, salvo raras excepções. James McAvoy esteve brilhante neste filme e espero vê-lo mais tempo no ecrã. Quanto ao realizador, tenho a dizer que não me surpreendi, visto Joe Wright ter sido uma das razões pela qual eu queria ver este filme, pois já tinha adorado "Amor e Preconceito" por ele realizado.
Resumidamente, penso que a pontuação se justifica devido ao facto do filme não ser muito elucidativo e que a moral podia ser mais bem abordada. O que quero dizer é que o filme não tem muita essência, gira em torno de uma história interessante, sem dúvida, e que foi explorada de uma forma espectacular é claro; só que no fim não se torna muito revelador. Aconselho vivamente a ir ver o filme e a julgarem por vós mesmos, e aviso: Esperem por um final que nunca pensariam estar à espera.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

"The Hobbit"


A mais fantástica história estará no grande ecrã em 2010!



Apesar de ainda faltar muito (muito, muito, muito, muito...) para a chegada deste filme, sabe-se que a New Line Cinema (produtora d' "O Senhor dos Anéis") e a MGM vão produzir e distribuir esta obra de magnitudes astronómicas. Peter Jackson e Fran Walsh (ambos artistas coroados de prémios) irão trabalhar em conjunto para garantir o sucesso desta história, originalmente criada por Tolkien, tal como têm feito nos últimos anos. Elijah Woods (Elijah "Frodo" Woods) diz estar pronto a responder e que gostaria imenso de voltar a entrar no Mundo da Terra-Média.

Sabe-se também que o filme terá duas partes, uma lançada em 2010, e a sua sequela em 2011.

Sam Raimi (Spider-Man) e Guillermo del Toro (já mencionado) são nomes que flutuam sobre a cadeira de realizador. Mas iremos ver como Jackson nos irá surpreender...

Penso que, tal como a trilogia de "O Senhor dos Anéis", os dois filmes irão ser filmados e produzidos em conjunto, como sendo uma mega-produção de meia dúzia de horas de filmagens. Estou ansioso pela chegada do filme, e espero que venha a alterar a minha tabela de Tops.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Filme:An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente)

Classificação:12.0

Uma verdade inconveniente seria dizer que todo o filme não passa de um inteligente golpe político. Não é realmente um filme, mas sim um documentário ao nível da National Geographic.
Um filme de sensibilização com uma mensagem que já se encontra bem presente na mentalidade de todo o mundo, apesar de ainda ser uma teoria especulativa, pelo que dizem alguns cientistas da área. Um óscar de melhor documentário do ano de 2006, atribuído pela academia norte-americana. Penso que bem merecido, apesar de existirem, na realidade, duas histórias ao longo do filme: a questão ambientalista e a questão politico-pessoal. Se estamos a falar das alterações climáticas, porque haveríamos de fazer alusão às opções do presidente dos Estados-Unidos em relação à guerra no Iraque? Para não falar da hipocrisia do próprio Al Gore quando aborda certos argumentos, e do seu egocentrismo ao “preencher os espaços de película” com episódios da sua vida pessoal.
Trata-se de um documentário que argumenta muito bem o seu ponto de vista, e que não deixa de ter o seu brilhantismo e razão. No entanto, e muito sinceramente, o filme acabou para mim quando na passagem do genérico final começaram a aparecer frases sugestivas das atitudes que deveríamos ter para que o mundo combatesse de modo eficiente o aquecimento global. Algumas das frases eram profundas e acertadas, mas eu apaguei a televisão mal li (e passo a citar, recorrendo ao que me lembro): “Vote nos homens que sabem como reger este país para podermos salvar o mundo.”

sábado, 12 de janeiro de 2008

Filme: Call Girl

Classificação: 10.4

Estranhamente positivo. Na realidade, estava à espera de ver um filme que rondasse os 7 – 8 valores, mas acabei por ver um filme com uma história interessante, não fosse a menos boa abordagem e o tempo gasto em cenas completamente desnecessárias. Mais uma vez, fui ver um filme português cujo tema era a corrupção e a vantagem da ilegalidade no país que é Portugal. Contudo, esta história pareceu-me muito mais interessante do que do filme “Corrupção”.
Interpretações positivas no geral (de salientar a performance de Joaquim de Almeida), apesar do argumento ser muito exagerado, recorrendo excessivamente ao calão de modo a tornar o filme o mais “americano” possível. O que tornava o filme, em certos momentos, muito ridículo e cómico de uma forma antagónica. Uma fotografia razoável, tendo em conta o facto de se tratar de um filme português. De um modo geral, penso que António-Pedro Vasconcelos é um homem com potencial no mundo do cinema.
Definitivamente um filme para adultos. Apesar de a história e o enredo em si serem tão simples, e abordados de todas as formas possíveis ao longo das duas horas de fita, que até uma criança de sete anos saberia relatar o conteúdo do filme. Não se trata, por isso, de um filme inteligente. Contudo, é, como referi anteriormente, uma história interessante. É pena é ser tão mal abordada, e até me atrevo a dizer, “desperdiçada”.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Filme: Aliens Vs Predator - Requiem (Aliens Vs Predador 2)

Classificação: 6.7

Não é de todo um bom filme. Trata-se de uma sequela de um mau filme, o que não é o melhor ponto de partida, e muitos filmes que integram grandes monstros do mundo sci-fi são normalmente grandes fiascos. Parece já ser obrigação em hollywood do século XXI qualquer filme americano tentar superar a concorrência com efeitos especiais gerados por computadores de vanguarda.
Trata-se do típico filme de terror e violência ao género moderno. O género que decide “mostrar o monstro” logo no início do filme para cortar qualquer suspense que possa aparecer futuramente. Fotografia horrorosa, onde tudo acontece muito depressa no ecrã de modo às acções passarem em 4-5 segundos, de modo a que qualquer fã não possa tirar prazer de ver o modo como as pessoas são mortas e dissecadas. Uma história ridícula, onde parece que os actores foram escolhidos pelas capacidades de fazer de mortos e não pelas aptidões dramáticas. Apesar de tudo, existem ao longo dos 80-90 minutos de filme, alguns que até se podiam aproveitar para fazer um filme, mas parece que precisaram delas para fazer o trailer.
Resumidamente, é um filme de terror típico, sem qualquer sentido ou moral. Serve apenas para os fãs das sagas clássicas “Alien” e “Predator”, poderem resolver duma vez por todas o seu dilema: “Qual será mais forte? O Alien? Ou o Predador?”... Interessante questão deveras.