sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Filme: Batman Begins (Batman – O Início)

Classificação: 13.3

Definitivamente, “a cima da média” para o ano de 2005. Uma grande expectativa dos fãs aguardava o novo Batman do século XXI, e em comparação com o fenómeno que é esta personagem, o filme ficou aquém. Nunca fui um grande adepto da “DC Comics”, pois os seus Super-Heróis sempre me pareceram demasiado super, ainda por cima para um personagem de banda-desenhada cujo super-poder é ser o Playboy mais rico da cidade. Tentei superar o meu desprezo pelo Batman e tenho de dar o meu braço a torcer, Christopher Nolan conseguiu montar um filme que vale a pena assistir.
“Batman Begins” é um bom filme de acção e mistério cujo enredo quase nos cola à cadeira. No entanto, a música e o argumento decepcionantes não estavam ao nível do elenco, que por falar nele me pareceu um bocado excessivo no aspecto em que o papel desempenhado por Morgan Freeman e Michael Caine (entre outros) foi usado apenas para encher o cartaz e para chamar o público mais apático. Note-se que o desempenho de Christian Bale (Bruce Wayne) também não foi o mais brilhante, tomara que ele tivesse passado tanto tempo a preparar-se à frente das câmaras como o que passou à frente dos espelhos do ginásio. Então o que poderia salvar um filme que nos parece tão medíocre? Só poderia ser uma boa história penso eu, uma que podia ser ligeiramente melhorada. De facto, este filme apresenta uma história clássica envolta em mistério e numa trama de acontecimentos que nos levam cada vez mais próximos da verdade, até que ela nos atinge, não sabendo nós exactamente se a entendemos. Ainda não mencionei outro aspecto técnico (negativo nesta película) que é a fotografia; apesar dos bons efeitos especiais a imagem não era a melhor e a cor e a simetria não me pareciam naturais, mesmo para um filme norte-americano.
No final, não passa de mais um filme de Super-Heróis digo eu, mas, sobre tudo, um filme. Um filme com um grande argumento positivo que me levou a atribuir a classificação até então injustificável; um argumento tão valioso e de tamanha simplicidade que provavelmente não é compreensível: uma boa moral. Um filme não é mais que uma história com a qual podemos aprender, com a qual nos educamos, e para tal um filme tem de ter obrigatoriamente uma moral, um significado; e “Batman Begins” conseguiu-o.

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